13/05/2012

Vc quer parar de fumar e não consegue?


Acompanhe todos os depoimentos que serão publicadas neste blog aos domingos. Verás que, basta querer para fazer acontecer.
Está é a primeira das  muitas histórias.

Pense, se eles conseguiram , vc também conseguirá.
Seja forte e decidido, basta ter fé e perseverança.

Parte I. Apresentação.
  
Eu Adão  Rowiecki, 54 anos, viúvo,treis filhos e um neto,formado em Administração de Empresas com ênfase em Marketing pela Uniradial em meados de 2008, atuo no mercado imobiliário como Perito Avaliador Imobiliário e Consultor Imobiliário.

Parte II. Depoimento.

Iniciei no mundo das drogas aos 17 anos de idade, digo droga, pois o cigarro e o álcool, são duas drogas legalizadas pelo governo, pois suas arrecadações em impostos   rendem não só para a industria, más também para os cofres da união algo extraordinário  ao ano. Eu particularmente achava o hábito de fumar,  algo legal, um charme e ao mesmo tempo a própria mídia nas décadas de
70 e 90 explorava muito a publicidade e o marketing no consumo de cigarros, cada qual com sua estratégia, um era um raro prazer, o outro, ao sucesso e um terceiro procurava vender uma imagem  de um homem macho, forte e encarava qualquer desafio, eu achara tudo isso maravilhoso, até as menininhas da minha cidade, eu imaginava conquistar com o cigarro e o álcool, pois fumar e beber era charmoso e isso chamava a atenção das pessoas, isso eu achava, engano meu. Nesta mesma época não havia qualquer  proibição, até  mesmo algum tipo de alerta ou campanha para os  males que o tabagismo provoca, levando até ao óbito. A  mídia fazia muito bem o seu trabalho para divulgar as inúmeras marcas existentes no mercado, tanto de cigarro, quanto de álcool. Nesta época não existiam leis que proibissem a divulgação deste produto, seu   marketing era forte na campanha da divulgação de cigarro. No início eu fumava longe dos meus pais, pois eles eram severos e rigorosos quanto aos erros por mim cometidos. O tempo foi passando e eu me alistei no exército,  servi minha pátria por um período de seis meses, um belo dia  quando estava indo para casa ainda no exército, após o expediente, estava com uma carteira de cigarro em um dos bolsos da farda, chegando em casa meu pai viu e perguntou o que significava aquilo, eu disse que encontrei na rua e trouxe para ele, menti é claro,pois não sabia o que dizer. Algum tempo depois, já fora do exército e trabalhando em uma empresa, por esquecimento, novamente cheguei em casa com uma carteira de cigarro no bolso da camisa, aquele ritual normal que o fumante faz, carregar a carteira de cigarro no bolso só para mostrar para os outros que  fuma, e aí meu pai disse...Encontrou outra carteira na rua?


Parte III. O conselho

Bem nesta hora  tive  que dizer  a verdade, disse a ele que comprei para eu fumar, pois todos os meus amigos fumam e  eu não poderia ficar de fora, ele não gostou,  me disse, quer dizer que, se os seus amigos pularem em uma fogueira vc também pulará? Meu pai me deu muito conselho e me disse: Deixe esse vício enquanto é  tempo, pois ele irá   prejudicar  a  sua saúde  e a dos outros que estão ao seu redor,pois vc deveria estudar e dar mais importância as coisas boas da vida. Não me importei com seus conselhos,  eu lhe disse, porque vc fuma? A sua resposta foi, não sei.....Só posso dizer para vc não fume, pois  quando se começa é fácil, o difícil é deixar essa droga. Mesmo com tantos conselhos não dei a mínima , continuei fumando. O tempo foi passando, até que um dia resolvi sair do interior e mudar para Curitiba, capital paranaense. Consegui um bom emprego e aluguei uma casa de fundos para morar.




Parte IV. As complicações.

Certo dia conheci uma garota e a levei para minha casa, lá entre um gole e outro, um cigarro aqui, outro ali, bebemos e fumamos, muita festa de maneira exagerada, passei mal que cheguei ao ponto de por tudo para fora o que engeri, tive uma sensação que o mundo estava se acabando, estava me sentindo ao avesso de mim, minha amiga me levou para uma farmácia próximo de  casa e lá aplicaram-me uma injeção para desintoxicar, voltei para casa e a minha amiga me colocou na cama onde dormi por dois dias ininterruptos. 
Ao acordar, estava com uma fome de leão e uma sede de elefante, adivinhe qual foi a primeira coisa que vi na minha frente? É verdade, foi o dito cujo do cigarro e eu não resisti, pois acendi  e dei umas tragadas, neste momento eu estava só, foi quando senti minhas pernas amolecerem, os olhos escureceram e não vi mais nada. Acordei em um hospital e mais tarde fui saber que o socorro foi feito pela proprietária do imóvel onde eu morava, pois era uma casa de fundos, fiquei internado por dois dias a base de soro e a minha alimentação na maioria das vezes era de muito líquido, o médico quando da sua visita ao meu quarto sempre tirava uma com a minha cara, dizia, olha o que o cigarro fez com vc, quase o matou, agora vc precisa decidir, ou o cigarro ou a sua vida.
Tive alta do hospital e voltei ao trabalho,levando uma vida normal, uma semana depois, lá estava eu e mais alguns amigos depois do expediente em um barzinho tomando umas e outras, foi quando percebi que entre os meus dedos havia um cigarro aceso, sinceramente não sei explicar como isso aconteceu. Depois desse momento continuei fumando.


Parte V. O casamento.

Alguns anos depois, em Dezembro de 1981, me casei,  a partir desse momento começamos a construir e pensar em nosso futuro, tivemos duas filhas e um filho, em ordem crescente, Alexandre, um ano depois veio a Andréa e dez anos mais tarde, veio a Adriane. O nascimento da Adriane foi um tanto preocupante, pois minha esposa estava tratando de um câncer na mama, a base de muitos antibióticos e sessões de quimioterapias, foi quando minha esposa descobriu que estava grávida, começa então uma dupla preocupação, mãe e filha, precisam de cuidados especiais.
Com a graça de DEUS tudo acabou bem. Quero dizer,quase tudo, pois 03 anos depois após o nascimento da Adriane o câncer passou para o pulmão e seis meses depois ela  veio a falecer,  também fumava, bem menos do que eu.
Mesmo tendo uma perda irreparável, não deixei de fumar.
Os anos passaram e um dia no mês de dezembro de 2003 aconteceu um fato um tanto  curioso, na empresa que eu trabalhava, apareceu um indivíduo, vendendo um medicamento para a pessoa deixar de fumar, sem saber da credibilidade do produto e mesmo do elemento que o comercializava, este medicamento era para fazer gargarejo e após o feito, acender um cigarro e a sensação era de comer caqui da pior espécie, muito horrível, o cigarro que acendi em seguida, apenas dei uma tragada e joguei fora, almocei, tomei aquele cafezinho tradicional que o fumante toma após uma refeição,acendi o cigarro, novamente dei apenas uma tragada e não consegui fumar mais, durante o dia todo, devo ter acendido por volta de uns doze cigarros e nenhum consegui fumar, a sensação era muito ruim. Como estava próximo ao natal e o ano novo, pensei, primeiro as festas  e depois  vou parar de fumar. Perguntei-me se naquele momento era hora de deixar de fumar, talvez  teria conseguido, pois as festas se passaram e no dia 02 de janeiro de 2004, me levantei pela  manhã e mesmo em jejum, fiz gargarejo e em seguida acendi um cigarro,  pasmem, vocês não irão acreditar, fumei o cigarro todo e nem senti nada. 
Existe uma explicação para isso, na verdade eu não estava querendo parar de fumar e meu cérebro não foi programado para isso, pois quando vc diz para seu subconsciente que é aquilo que vc quer ou não é aquilo que quer.
Meados de janeiro deste ano fui a Caxias do Sul fazer um curso e lá conheci um cidadão que era pelo menos nessa época ex-fumante e me disse de que forma parou.Escolha uma data especial do ano e nesta data programe parar de fumar e diga isso para as pessoas que vc gosta, para que elas cobrem isso de vc.


Parte VI. A promessa.

Dois meses depois no dia 16 de março fiz aniversário e reuni a maioria dos meu amigos em um barzinho para comemorar e lá contei a eles quais eram os meus planos para deixar esse vício sem graça, avisei aos amigos, filhos, namorada e todas as pessoas que estavam  presente. Em um determinado momento, minha filha caçula a Adriane me questionou....Papai, vc está fazendo uma promessa aos  seus amigos e vc  realmente vai deixar de fumar? Eu respondi a ela que sim. Nesta noite,ficamos bebendo e eu fumando tudo que tinha direito,pois no dia seguinte não iria mais fumar, saímos do barzinho as seis da manhã, eu e minha namorada fomos para casa, morávamos em um apto, no andar superior ao apto dos meus filhos. Chegando em casa tomamos banho e fomos dormir um pouco, mais tarde acordei e fui preparar o café, levei o café para minha namorada na cama e logo após eu precisei descer até a garagem para buscar algo que eu havia esquecido no carro, no corredor acendi um cigarro e na primeira tragada adivinhe quem encontrei. A dona Adriane minha filha caçula,quando viu o cigarro em minha boca, ela disse..Papai vc não tem palavra, ontem vc disse para todo mundo que fumaria até o seu aniversário e hoje já está fumando, estou envergonhada, se vc não tem vergonha na cara eu tenho. Todo fumante ou todo bebum sempre tem uma desculpa, a minha foi a seguinte, olha gatinha, esqueci da promessa feita e por isso que estou fumando, e ela disse que  não acreditava mais em mim. Em junho deste mesmo ano, comecei a fazer faculdade de administração de empresas com ênfase em marketing, fui convencido pela minha namorada, pois ela com a metade da minha  idade  estava fazendo pós em finanças, nesta época eu era gerente de vendas de consórcio de uma concessionária e apenas com o  meu segundo grau mal acabado. Um dia ela mostrou um anúncio de jornal pedindo um representante comercial para atuar no ramo de limpeza industrial e que o mesmo  estivesse formado em química ou cursando, aproveitando este mesmo anúncio ela disse onde eu queria chegar e qual o meu projeto de vida no campo profissional. Eu lhe respondi que queria ser diretor de uma empresa ou ser  empresário, e ela completou o seguinte, com o seu segundo grau mal acabado vc não chegará a lugar algum, pois o mercado está em  transformação a todo momento e as pessoas que acompanham a evolução deste mercado,  terão suas chances e vc ficará parado no tempo, um exemplo claro disso é  este anuncio, para vender vassouras, sabão em pó e detergentes, a empresa exige que o representante esteja no mínimo cursando o terceiro grau. Vendo seus argumentos, não tive como recuar e aceitei  sua proposta, ela então fez um levantamento de todas as faculdades e encontrou uma que daria desconto pela minha idade, agendou meu vestibular e assim que saiu o resultado, fez a minha inscrição pagando a primeira mensalidade e me disse, agora é com vc, fiquei muito orgulhoso com a sua atitude. Um mês depois nem mesmo eu entendi, rompi com a minha namorada, depois de romper é que descobri que eu a amava e estava muito apaixonado. Tentei reconciliar, voltar, mas para ela a reconciliação é regredir e não tivemos mais contato.
Não imaginava que aos 46 anos de idade teria uma recaída por estar apaixonado por uma mulher, entrei em depressão, alto grau de nervosismo e perda do apetite. Tive que buscar ajuda médica, tais como neurologista, cardiologista, psicólogo e até mesmo psicanálise,  fiz muitos exames e um deles acusou intoxicação alcoólica e o de tabagismo, o psicanalista me receitou uma medicação para diminuir a ansiedade e o stress, ele me disse para  deixar o álcool de lado  e o cigarro, pois isso estava acabando comigo, eu teria que escolher entre o cigarro e a minha vida, no exame de sangue pedido pelo cardiologista, acusou colesterol alto e o mesmo receitou-me uma medicação para baixar o colesterol que estava em nível alto.
Como eu teria que tomar a medicação e deixar o álcool de lado, resolvi então aguardar até setembro, pois nos dias sete e oito de setembro é feriado em Curitiba e eu iria para o litoral paranaense passar alguns dias para descansar, pois este feriado era prolongado por anteceder ao final de semana seguinte. Na praia eu tomaria todas as cervejas  e quando voltasse  para casa após o feriado prolongado, começaria a tomar a medicação.
Desci para praia juntamente com a minha filha Adriane e o meu neto Guilherme, o tempo estava chuvoso e frio, ficávamos na maior parte do tempo ou no apto ou no bar da associação, lá eu tomava todas e fumava muito . Antes mesmo do segundo dia do feriado, resolvi subir para Curitiba, pois o tempo não estava ajudando. Na metade da serra onde existem vários lugares para se comprar bala de banana, conservas e tomar água de coco, fiz o convite para aminha filha e para o meu neto para que parássemos e enquanto eles tomariam água de coco eu tomaria um café e fumaria, a pessoa deste lugar já  era uma conhecida minha, pois todas as vezes que eu descia para praia ou a Paranaguá, parava sempre neste mesmo lugar para tomar um café. Quando lá chegamos pedi água de coco para os dois e pedi um café para mim, e a pessoa me perguntou, vc vai fumar? E vc não parou ainda? Antes mesmo que eu viesse a responder, minha filha Adriane respondeu por mim, meu pai não tem palavra, ele promete, só que não cumpre o que prometeu, este conhecido meu, fez o café, tomei e quando coloquei a mão no bolso da camisa e apanhei a carteira de cigarro essa pessoa me perguntou quantos cigarros haviam na carteira, eu disse é o último  e ele me aconselhou a fumar este e nunca mais fumar, minha filha novamente intercedeu por mim e lhe disse, olha ele vai prometer para o sr também, mas não irá cumprir, este indivíduo disse para ela que ele confiava em mim e que aquele seria mesmo o último cigarro que eu fumara, não é mesmo Adão, perguntou ele? Minha filha me perseguia tanto que as vezes eu quase perdia a paciência com ela. Chegando em casa,enfrente ao condomínio que moro, tem uma panificadora, parei para comprar pão,leite e...........Cigarro, quando a minha filha viu que eu havia comprado também  o cigarro, ela se revoltou tanto ao ponto de me dizer que, se eu não tenho vergonha nenhuma quando prometo para as pessoas e não cumpro, ela por ser minha filhe se sente envergonhada com as minha promessas e eu disse a ela que não estava conseguindo parar de fumar, ela disse que, caso eu realmente queria parar de fuma, eu deveria dizer para mim e não para os outros, pois eu prometia para todo mundo menos para mim. No dia seguinte comecei tomar a medicação que duraria sessenta dias para baixar o colesterol  e neste período nem pensar em bebida alcoólica.
No dia 17 de setembro a Adriane comemoraria quatorze anos e um dia antes eu havia dito para um amigo que providenciasse uma cesta de café da manhã para ela e  esta deveria estar em casa as 6,30 da manhã, pois as 7:00 hs ela sai para o colégio.


Parte VII. O momento esperado.

Tudo dentro do programado e a tal cesta chegou ás 6,20 da manhã, quando o interfone tocou, chamaram por ela, desceu para ver o que era e em seguida subiu feliz da vida, chamou todo mundo para tomar café com ela, eu quando cheguei na cozinha, a primeira atitude foi olhar para o  cigarro que estava na estante, e não para aquela cesta maravilhosa cheia de guloseimas, nesta hora fiquei revoltado comigo pois ao invés de olhar para aquela cesta, fiquei preocupado com o cigarro. Tomamos café e cada qual foi para o seu trabalho, ela a aniversariante para o colégio, eu fui para o banho, me arrumei para sair e fazendo aquele ritual de sempre para por no bolso do paletó, de um lado o cigarro e do outro um isqueiro Zippo que a minha ex-namorada havia me presenteado com a gravação do meu nome. Peguei a carteira  de cigarro, torci  como se torce um lenço ou uma meia quando se lava, e disse filha da p. vc vai para o lixo de onde nunca deveria ter saído, nunca mais quero vc junto de mim, seu cheiro me irrita, fique longe de mim, xingava tanto,que até parecia brigar com alguém, tal a minha revolta, o mesmo fiz com o isqueiro e um cinzeiro de cristal. Joguei tudo no lixo e fui para o meu trabalho, por volta das 9,30 saí do escritório para visitar um cliente e neste momento fiquei com uma vontade incontrolável de fumar, parei em uma loja de conveniência e lá comprei balas, coloquei duas balas na boca e detonei uma garrafinha de água, resisti ao cigarro, neste momento eu era superior a ele, eu o vencia, por volta das 12:00 hs fui ao colégio buscar a Adriane para que juntos almoçássemos, no restaurante eu disse a ela que até aquele momento não havia fumado nenhum cigarro, ela um tanto surpresa e por alguns segundo paralisada, olhou-me nos olhos e emocionada disse que  eu estava prometendo pro mundo inteiro e não cumpria, eu disse, acredite ou não, eu não fumei, talvez  tenha dito com muita convicção e ela disse que além de acreditar em mim, esse  seria o melhor presente de aniversário que ela poderia ganhar, eu disse, considere-se presenteada então, pois fumar não vou mais, almoçamos e eu a deixei no tubo de ônibus para ela ir para casa e quando chegou viu o isqueiro no lixo juntamente com a carteira de cigarro,  me ligou dizendo...Papai, agora eu acredito em vc. Sua voz alegre e a sua maneira de falar, me  emocionaram por alguns instantes, pois isso me dava forças para vencer aquela coisa tão pequena e ao mesmo tempo fazendo um estrago gigantesco nas pessoas, desse momento em diante eu estava preparado para vencer qualquer obstáculo,pois a confiança da minha filha ma fortalecia cada segundo mais. Toda vez que eu estava com aquela vontade de  fumar, ao invés do cigarro,  tomava muita água, coisa que eu não fazia quando fumava, eliminei o cafezinho, pois ele e o cigarro, são dois companheiros inseparáveis, o cigarro  além das doenças que provoca também afeta o olfato e o paladar, acho que é por isso que as pessoas quando fumam não tomam água suficiente e a maioria delas ficam com a pele ressecada e envelhece precocemente. Os primeiros dias foram os mais terríveis,  minha filha me ajudou muito, toda noite que eu chegava da faculdade, ela me perguntava se eu fumei naquele dia, eu dizia que não e ela se dirigia até a  geladeira e na porta desta coloca um calendário imantado e nele contornava o dia vencido, uma semana depois eu disse a ela para que fizesse isso de manhã, contornando o dia a vencer.
Ela gostou da idéia, passou a marcar então pela manhã, dizendo, meu papai não vai fumar hoje, ele vencerá. Garças a DEUS os dias foram passando e eu ficando cada vez mais longe desse desejo. Com o passar dos dias, vi que eu poderia deixar de fumar a muito tempo, parecia uma coisa impossível, más vejo que não é, basta querer e se vc quiser, faz acontecer. Quando fumava, o consumo de frutas, sucos e verdura, era muito raro. Hoje tomo muita água, sucos, frutas e legumes, sinto o cheiro de tudo isso, pois quando fumava, não sentia nada, até a banana tem seu cheiro. No período em que eu estava tomando o medicamento e não poderia consumir nada com álcool, tomava cerveja sem álcool, o primeiro gole foi ruim, depois fui me acostumando, me lembro muito bem de uma noite, quando saí  com o pessoal da faculdade e a gente foi para um barzinho, neste barzinho não tinha cerveja sem álcool, tive que tomar refrigerante mesmo, o pessoal tomou oito cervejas e eu oito refrigerantes, o pessoal todo tirou aquele sarro de mim, tudo bem, fazer, o importante é zelar pela saúde.
Nesta noite, não consegui dormir, tal o peso na minha barriga de tanto refrigerante.


Parte VIII. Comemoração.

Quando terminei a medicação, disse aos meus amigos da faculdade que naquele dia poderia beber, então saímos da faculdade e fomos para um outro barzinho, fiquei muito receoso em tomar uma bebida alcoólica, pois estava com medo de voltar a fumar, pensava que uma coisa era ligada a outra, neste período não tomava café também de receio e da falta de confiança em  mim. Eu teria que provar  o quanto estava sendo escravo do tal cigarro e que  deveria  começar a tomar minha cerveja, meu café e não permitir que o cigarro tivesse influência sobre mim. Tomei o primeiro gole e nada disso aconteceu, tomei minhas cervejas, sentado a mesa com meus amigos, alguns  fumam, outros não. No dia seguinte,quando fui atender um cliente no centro de Curitiba, passei enfrente a um café e senti aquele cheirinho delicioso, não resisti,entrei e fui tomar um cafezinho, pensei, vou fazer  um teste para ver o quanto eu era dependente do cigarro. Neste período  em tratamento, quando sentávamos em um barzinho para conversar e beber algo, dois amigos também deixaram de fumar. Olha o quanto eu e o cigarro discutíamos, veja o que eu dizia....
Não imagino eu e vc novamente.
Não preciso de vc.
Vc me atrapalha em todos os sentidos.
Vc  é uma ameaça para as pessoas.
Não quero vê-lo nunca mais perto de mim.
Nem mesmo sentir seu cheiro.
Vc cheira muito mal.
Perdi muito tempo com vc.
Ainda bem que percebi isso a tempo e o joguei no lixo de onde jamais deveria ter saído.
As pessoas dizem que fumar é charmoso, fumar é ridículo, as pessoas não sabem o que dizem.
Tocar em vc, nunca mais.
Quero distancia de vc, fique longe de mim.
Pessoas resistem ao amor e eu resistirei ao cigarro.
Toda vez que nos depararmos, vou ignora-lo.
Quer saber.........
Nunca mais vou fumarrrrrrrr.
Olha o quando gastei fumando.
Em 27 anos de tabagismo, fumei 9.855 carteiras, considerando que cada carteira tem 20 cigarros e em média das 24 horas do dia, 14 horas eu estava em atividade e fumava 1.43 cigarros hora, isso equivale a 197.100 cigarros, levando em conta que ele tem 10cms de cumprimento, fumei  então 1.971.000 metros de cigarros. O custo de cada carteira na época era de  R$ 3,50, multipliquemos por 9.855 carteiras, queimei então R$ 34.492,50.
Vamos fazer um cálculo básico, caso eu tenha depositado todo dia R$ 3,50, ao longo destes 27 anos quanto teria? Vamos deixar para um economista calcular.
Então, vejo o quanto vc perde fumando.
Apague essa idéia.
Sua saúde em primeiro lugar.
Se vc não fumar, além da sua saúde, o meio ambiente agradece.


Um comentário:

  1. que lindo sua história de vida meu anjo, nossa deve ter sido bem difícil para ti largar o cigarro, vc teve muita força de vontade..
    te parabenizo, vc foi um heroi para sua filha..
    fiquei muito emocionada com sua historia,com isso aprendi a te admirar muito mais..bjo

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